terça-feira, 3 de março de 2009

A importância dos plásticos

O estudo dos polímeros permitiu a obtenção de fibras artificiais e plásticos. Para isso, trabalhos fundamentais foram feitos nos laboratórios de pesquisa das universidades, como aqueles estudos realizados por Staudinger. Contudo, grandes sucessos foram conseguidos em laboratórios industriais de P&D.
Na Europa da primeira metade do século XX, a IG Farben investiu intensos esforços na produção de fibras industriais mais resistentes. Alem de ter executado investigações pioneiras de aplicação dos raios X para a elucidação da estrutura de fibras, desenvolveu tipos diferentes de poliestireno, polivinil, acrílico e borrachas sintéticas do tipo Buna (polibutadieno).

A importância da P&D industrial no campo de polímeros também se evidencia no caso do náilon, do neoprene e do teflon (politetrafluoroetileno), criados pela firma química norte-americana du Pont. Para nos restringirmos ao caso do náilon, é relevante destacar que seu sintetizador, W.H.Carothers, era pesquisador da universidade de Harvard e foi convidado, em 1928, para assumir uma posição naquela indústria, em uma clara demonstração de agudo senso de percepção do futuro por parte dos diretores da empresa. Vê-se aqui que não existe grande distância entre o conhecimento acadêmico e o aplicado. É bom ressaltar que a segunda metade do século XX se caracterizou pela diminuição dos prazos entre os desenvolvimentos fundamentais e sua utilização em larga escala.


A própria du Pont, por volta de 1970, desenvolveu um novo plástico, o kevlar. Vimos essa poliamida, semelhante ao náilon, mencionado no capitulo 6. O ponto importante é que uma diferença química estrutural (monômeros aromáticos, isto é, contêm anéis benzênicos em vez de cadeias hidrocarbônicas abertas do náilon), é a responsável por profundas alterações de propriedades.
O kevlar, uma poliamida aromática ou “aramida”, é tão resistente que permite fazer chapas e coletes a prova de bala e outros objetos já mencionados. Tão resistente que, no inicio da década de 90, chassis de automóveis, como as esportivas Ferrari, passaram a ser fabricados com esse material.

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