terça-feira, 3 de março de 2009

A química é boa ou má?

Essa é uma questão que, nessa altura do livro, já esta respondida. Sendo fruto da atividade racional do ser humano, no seu esforço de entender tudo que o rodeia, ela não pode ser intrinsecamente má. Ajudando o homem a interagir com a natureza e a se adaptar ao ambiente, a química acompanhou todas as etapas de transformações sociais.

É claro que frente a uma chaminé que expele dióxido de enxofre, ou diante de um derramamento de acidental de petróleo, alguém poderá manifestar suas duvidas. Mas esses problemas têm soluções que vão desde o aproveitamento de rejeitos, em processos paralelos para a síntese de subprodutos, até alternativas energéticas que acabem com a malversação do petróleo como combustível, quando na realidade ele é uma grande fonte de matéria-prima.

No Brasil, o etanol representa uma alternativa energética importante, ao mesmo tempo que mostra a viabilidade de uma modalidade industrial agroquímica conversora de biomassa em energia. Seus rejeitos –bagaço e vinhoto– são problemas com soluções, pois o primeiro pode ser utilizado para fornecer calor (por queima) ou como fonte de celulose para a produção de derivados ou de papel e o segundo, transformado em adubo.


Os inseticidas também apresentam aspectos positivos e negativos. O DDT (diclorodifeniltricloroetano) representou uma conquista no combate aos insetos transmissores (vetores) de doenças como a maleita e o dengue. Sabe-se que os insetos levam cerca de 7 anos para desenvolver formas resistentes ao DDT e que é possível, pela aplicação correta desse inseticida, durante o prazo de 5 anos, erradicar os insetos vetores. Assim, o emprego correto do DDT tem efeito saneador. Contudo, o DDT foi mal usado em muitas partes do mundo, vindo a contaminar o capim, o gado (trazendo riscos de saúde no consumo da carne e do leite) e mesmo seres humanos ( em alguns casos até o leite materno!).

A solução para esse grave problema foi a suspensão imediata do uso do DDT e um recrudescimento, ao final do século XX, das doenças cujo vetores anteriormente combatia.Mas existem alternativas, descobertas pela química, para uso de produtos repelentes ou inseticidas de origem natural. Entre essas alternativas destacam-se os derivados do ácido crisantêmico conhecidos com o nome de piretrinas, que ocorrem em flores bastantes apreciadas: os crisântemos.


Com tantos exemplos, fica evidente que, com bastante entendimento, aliado à criatividade e a imaginação, podemos ver com otimismo o futuro da utilização da ciência, da tecnologia e, em particular, a química.

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