terça-feira, 3 de março de 2009

A química acabaria se o petróleo e as usinas nucleares também acabassem?

Essa é uma pergunta que tem transitado em muitos meios escolares e intelectuais. Ela revela uma visão muito restrita das finalidades e métodos da química. Para responder a essa objeção seria suficiente lembrar que uma destacada fase no desenvolvimento dessa ciência ocorreu nos séculos XVIII e XIX sem o petróleo e sem a energia nuclear, que se consolidaram apenas no século XX!

A química tem encontrado alternativas para o petróleo e para as fontes convencionais de energia. Essas alternativas vão desde a gasolina sintética de origem não-petroquimica até as placas de silício puro, que funcionam como “conversores fotovoltaicos” capazes de transformar a luz do Sol em eletricidade.

Na falta de petróleo ele pode ser substituído por polímeros e fibras naturais, de origem vegetal (celulose) e animal (proteína da seda ou a galalite preparada de caseína do leite). Um mundo sem energia nuclear pode desenvolver como combustível o hidrogênio obtido da eletrólise da água feita através de uma pilha de concentração baseada na diferença de salinidade da água do mar ou mediante uma termopilha, que lança mão de eletrodos iguais, mas a diferentes temperaturas, aproveitando mais uma vez a energia solar.

Portanto, a questão aqui proposta está em “xeque-mate”, tendo em vista que podemos mostrar com segurança a existência de uma infinidade de soluções químicas, as quais permitirão uma vida melhor até mesmo em um mundo sem petróleo e sem energia nuclear.

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